[HCDX] MigraÃÃo AM para FM , DRM (Digital Radio Modiale ) apresenta a soluÃÃo
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[HCDX] MigraÃÃo AM para FM , DRM (Digital Radio Modiale ) apresenta a soluÃÃo



Novo sistema de rÃdio digital DRM para AM / FM / Ondas Curtas e Ondas
Tropicais chega ao Brasil

A faixa de AM està compreendida entre 540 kHz e 1610 kHz, na faixa de Ondas
Medias, e possui caracterÃsticas de propagaÃÃo muito interessantes,
permitindo que uma emissora consiga transmitir seu sinal atravÃs de regiÃes
com topografia acidentada, pois a emissÃo tende a acompanhar o perfil do
terreno. No perÃodo noturno um sinal em OM Ã refletido pela ionosfera,
permitindo que uma emissora possa ter alcance de centenas de quilÃmetros de
raio.

A faixa de FM està compreendida entre 88 MHz e 108 MHz, na faixa de VHF.
Sua principal caracterÃstica à a direcionalidade, que pode ser bom, ou pode
mesmo prejudicar, pois essa faixa de frequÃncia se propaga de forma anÃloga
à luz, sempre em linha reta, sendo bloqueada ou refletida por obstÃculos
naturais e artificiais, como montanhas, edifÃcios, grandes construÃÃes,
etc. Seu comportamento nÃo varia significantemente de dia ou de noite.

Com o uso do padrÃo de rÃdio digital, Digital Radio Mondiale (DRM) Ã
possÃvel a digitalizaÃÃo de todas as bandas do rÃdio, tornando totalmente
desnecessÃria essa migraÃÃo.

No contexto do Decreto 8.139, uma emissora OM que opte por nÃo migrar para
o FM, poderia passar a transmitir em digital utilizando o padrÃo DRM,
transmitindo no modo simulcast (simultÃneo) AM/DRM, que mantÃm o AM
analÃgico inalterado, preservando o parque de antenas e a maioria dos
equipamentos. O sinal DRM no modo simulcast à posicionado em um Ãnico canal
adjacente ao sinal AM.

Muitas emissoras em AM que usam transmissores como Nautel ou BT, por
exemplo, jà estÃo prontas para o DRM. Na Ãndia as emissoras em Ondas MÃdias
jà estÃo transmitindo em simulcast AM/DRM, e receptores compatÃveis com DRM
jà estÃo sendo feitos nacionalmente. Atualmente sÃo mais de oitocentos
milhÃes de habitantes na Ãndia cobertos com sinal de emissoras transmitindo
na faixa de AM (Ondas mÃdias) em DRM.

Uma estaÃÃo de rÃdio em Ondas MÃdias (AM) transmitindo em DRM tem seu Ãudio
com qualidade superior ao de uma emissora FM analÃgica. AlÃm disso, o rÃdio
digital permite a multiprogramaÃÃo, Ãudio 5.1, recursos como envio de
textos e imagens, conteÃdos multimÃdia, alerta de emergÃncia (EWF) e outros
serviÃos, como aplicaÃÃes interativas para o GINGA, que à a plataforma de
interatividade presente na TV Digital, e tambÃm jà definida para ser
utilizada com o DRM.

Enquanto alguns paÃses jà estÃo desligando o FM analÃgico, o Brasil estÃ
indo na contramÃo da evoluÃÃo tecnolÃgica, propondo a migraÃÃo de um
sistema analÃgico em Ondas MÃdias (AM), para um sistema igualmente
analÃgico em VHF (FM) e com mais um agravante: o espectro da FM em VHF nos
grandes centros està lotado. Por que nÃo evoluir o sistema de AM, do
analÃgico para digital, a um custo muito menor, preservando uma grande
parte dos equipamentos hoje existentes e transmitindo um Ãudio de excelente
qualidade, e ainda com um consumo de energia muito menor?

Por que nÃo repetir o sucesso do Sistema de TV Digital Brasileira, que jÃ
està sendo adotado por vÃrios paÃses?

Outro ponto muito importante que nÃo podemos omitir à que muitas emissoras
em Ondas MÃdias (AM), tÃm um carÃter local, atendendo muitas comunidades
compostas por grupos minoritÃrios. Sua migraÃÃo para VHF (FM) ou um
eventual aumento de potÃncia, para se tornarem regionais, serà econÃmica e
tecnicamente inviÃvel para locais de topografia complexa. Portanto,
aplicado o decreto vigente em seu formato atual, muitas comunidades ficarÃo
âno escuroâ. Assim, propÃe-se que as rÃdios locais em Ondas MÃdias que
desejarem manter sua abrangÃncia, deverÃo fazÃ-lo no modelo simulcast
AM/DRM.

No entanto, teria sido muito mais interessante do ponto de vista
tecnolÃgico, para as emissoras que realmente desejem migrar para a faixa de
FM (VHF), que migrassem jà em DRM. Aà sim terÃamos uma evoluÃÃo tecnolÃgica
no sistema de rÃdio brasileiro.

à urgente a decisÃo de qual serà o modelo de referÃncia do Sistema
Brasileiro de Radio Digital para que a agonizante indÃstria de
transmissores e receptores nacionais possa colocar equipamentos digitais no
mercado e volte a vender.

A melhor opÃÃo para o sistema brasileiro de rÃdio digital à o DRM, pois em
termos tÃcnicos à o Ãnico sistema que atende todas as faixas de frequÃncia,
(OM, OT, OC, e VHF) e em termos de modelo de negÃcio, Ã o Ãnico com cÃdigo
aberto, sem necessidades de licenÃas para desenvolvimento de transmissores
e receptores pela indÃstria nacional. TambÃm à possÃvel sua implantaÃÃo
pelas rÃdios comunitÃrias, pois o DRM funciona em baixa, mÃdia e alta
potÃncia. A economia de energia elÃtrica à relevante, sendo possÃvel cobrir
a mesma Ãrea com menos da metade de consumo de energia.

O DRM foi desenvolvido por um consÃrcio de organizaÃÃes pÃblicas de
radiodifusÃo, empresas privadas ligadas ao setor de transmissÃo e recepÃÃo,
universidades, centros de pesquisas, dentre outros ÃrgÃos e instituiÃÃes. O
DRM Ã um padrÃo totalmente aberto, sendo que todas as normas estÃo
disponÃveis na Internet, assim como o ISDB-Tb (utilizado na TV Digital
Brasileira).

AlÃm disso, o codificador de Ãudio do DRM, Ã o mesmo da TV Digital, o MPEG4
AAC. O middleware GINGA, plataforma para interatividade que foi a
contribuiÃÃo brasileira ao Sistema Brasileiro de TV Digital, jà possui
suporte feito pela PUC-Rio para ser utilizado no DRM.
O outro sistema que està sendo considerado para adoÃÃo pelo paÃs à o HD
Radio (HD significa Hybrid Digital), desenvolvido e de propriedade da
empresa norte-americana Ibiquity. Por ser um sistema proprietÃrio e
fechado, todos os seus cÃdigos de funcionamento sÃo segredos industriais
conhecidos apenas pelos seus proprietÃrios. Entre suas caracterÃsticas
conhecidas estÃo as seguintes:

* Ocupa o dobro da largura de banda do DRM, sem prover uma taxa de
transmissÃo superior. O HD Radio, sendo um padrÃo hÃbrido, concebido para
permanecer junto ao sinal analÃgico, nÃo permitirà um futuro apagÃo do
analÃgico de forma a permitir a otimizaÃÃo do espectro.

* Apesar de funcionar em OM e VHF, as emissoras o utilizam o HD Radio em OM
nos Estados Unidos estÃo desligando o sinal digital, por ter uma
performance muito ruim. Atualmente, sÃo mais as emissoras abandonando o HD
Radio do que aquelas que estÃo o adotando como padrÃo.

* Grande parte do HD Radio à segredo industrial, incluindo o codificador de
Ãudio, conhecido como HDC assim como os protocolos para transmissÃo de
conteÃdo multimÃdia e outros serviÃos digitais.

* O HD Radio, diferentemente de qualquer outro padrÃo da ITU (UniÃo
Internacional de TelecomunicaÃÃes), para radiodifusÃo, cobra licenÃa de uso
do sistema. No momento que a emissora entra no ar uma taxa de milhares de
dÃlares à paga, e anualmente as emissoras devem pagam para a Ibiquity uma
taxa de uso.

* O HD Radio possui poucos modos de configuraÃÃo, sendo um sistema
engessado, no qual somente uma empresa controla seu desenvolvimento. Essa
empresa à a norte-americana Ibiquity Digital.

As diretrizes do rÃdio digital no Brasil sÃo dadas pela Portaria nÂ
290/2010 do MinistÃrio das ComunicaÃÃes, que indica claramente que o Ãnico
padrÃo passÃvel de adoÃÃo no Brasil à o Digital Radio Mondiale, visto que o
HD Radio contraria vÃrios parÃgrafos da portaria.

O Art. 3Â da Portaria 290/2010 de 30 de marÃo de 2010, que norteia a
digitalizaÃÃo do rÃdio no Brasil, diz:

I- promover a inclusÃo social, a diversidade cultural do PaÃs e a lÃngua
pÃtria por meio do acesso à tecnologia digital, visando à democratizaÃÃo da
informaÃÃo;

* DRM: Funciona em Ondas Curtas, essencial para as regiÃes distantes dos
grandes centros, como forma de integraÃÃo nacional. FÃcil instalaÃÃo e sem
a necessidade de infraestruturas complexas. Apenas um pedaÃo de fio e jà Ã
possÃvel ouvir uma estaÃÃo de rÃdio. TambÃm as rÃdios comunitÃrias se
beneficiariam com a adoÃÃo do DRM, pois esse sistema tem um Ãtimo
desempenho em baixa potÃncia, o que nÃo ocorre com o HD radio. Pode se
transmitir atà 4 programas muna mesma frequÃncia, opÃÃo muito interessante
para a otimizaÃÃo do espectro de radiofrequÃncia. ATENDE.

* HD Radio: NÃo promove a integraÃÃo nacional pois nÃo funciona em ondas
curtas, ficando restrito aos grandes centros. NÃo funciona com potÃncias
baixas. NÃO ATENDE.

IV- propiciar a transferÃncia de tecnologia para a indÃstria brasileira de
transmissores e receptores, garantida, onde couber, a isenÃÃo de royalties;

* DRM: Por ser um sistema aberto, com todos os padrÃes e normas divulgadas
publicamente (internet), pode ser utilizado por qualquer um, sem a
necessidade de pagamento de licenÃas. ATENDE.

* HD Radio: Sistema proprietÃrio com tecnologia fechada. NÃo haverà acesso
à tecnologia e se houver, serà restrita e limitada. à uma âCaixa Pretaâ. HÃ
necessidade de pagamento de licenÃas para transmissores e receptores,
onerando a fabricaÃÃo dos mesmos Para a emissora que adotÃ-lo, existe a
necessidade de pagamento de taxas para o seu uso, taxas essas que aumentam
de acordo com os recursos implementados. NÃO ATENDE.

V- possibilitar a participaÃÃo de instituiÃÃes brasileiras de ensino e
pesquisa no ajuste e melhoria do sistema de acordo com a necessidade do
PaÃs;

* DRM: Sistema aberto, padronizado por normas internacionais, possibilita
seu aprimoramento por pesquisadores e desenvolvedores. Um exemplo à a
contribuiÃÃo brasileira, com a inclusÃo da interatividade atravÃs do GINGA.
ATENDE.

* HD Radio: NÃo hà abertura de sua tecnologia e portanto nÃo acessÃvel aos
pesquisadores. Nada poderà ser acrescentado ao sistema. NÃO ATENDE.

VI- incentivar a indÃstria regional e local na produÃÃo de instrumentos e
serviÃos digitais;

* DRM: IsenÃÃo de taxas de utilizaÃÃo. Menor custo para toda a cadeia,
desde transmissores atà os receptores e emissoras, barateando toda a cadeia
produtiva. ATENDE.

* HD Radio: Maior custo para pagamento das licenÃas de uso e manutenÃÃo das
emissoras. Quanto mais recursos implementados, mais taxas deverÃo ser
pagas. NÃO ATENDE.

VIII- proporcionar a utilizaÃÃo eficiente do espectro de radiofrequÃncia;

* DRM: Canal Ãnico digital, que ocupa o mesmo espaÃo de um sinal analÃgico,
podendo transmitir atà quatro programas distintos. ATENDE.

* HD Radio: Utiliza 2 portadoras laterais digitais, alÃm da analÃgica
central, ocupando desta forma o espaÃo de 3 canais. Dificuldade em
equilibrar interferÃncias entre os sinais digital e analÃgico. NÃo funciona
sem o sinal analÃgico, ou seja, nunca poderà ser Full Digital. Sempre
dependerà da portadora analÃgica. O âdelayâ entre o sinal analÃgico e
digital à grande, incomodando o ouvinte. NÃO ATENDE.

XI- propiciar vÃrios modos de configuraÃÃo considerando as particularidades
de propagaÃÃo do sinal em cada regiÃo brasileira;

* DRM: Por permitir diversos modos de transmissÃo, pode funcionar em Ondas
MÃdias, Ondas Tropicais, Ondas Curtas, e VHF, podendo ser configurado, de
forma a adequar a transmissÃo de acordo com a necessidades da Ãrea a ser
atendida. ATENDE.

* HD Radio: Ã um sistema âengessadoâ nÃo possibilitando mudanÃas nos seus
modos de transmissÃo. Performance insuficiente em Ondas MÃdias e
inexistente em OT, e OC. NÃO ATENDE.

O RÃdio no Brasil sofre com a queda contÃnua de investimentos, de
audiÃncia, de produÃÃo industrial e de polÃticas pÃblicas coerentes. O
decreto 8139, que trata da migraÃÃo de AM para FM direciona o setor para o
passado e para a falÃncia.

Todo o setor de radiodifusÃo necessita urgentemente que o modelo de
referÃncia do Sistema Brasileiro de RÃdio Digital (SBRD) seja definido o
mais breve possÃvel pelo governo, principalmente no sentido de dar opÃÃes
sÃlidas e tecnicamente viÃveis para as emissoras em Ondas MÃdias, Ondas
Tropicais, Ondas Curtas e VHF (FM), nesse momento difÃcil da economia.
Essas aÃÃes permitirÃo que a indÃstria brasileira possa desenvolver e
colocar no mercado produtos 100% nacionais e para que a sociedade possa
desfrutar de um maior conforto e conveniÃncia desse importantÃssimo meio de
comunicaÃÃo que à o rÃdio, mantendo-se em sintonia com a convergÃncia
digital dos meios, sem abandonar a autonomia que radiodifusÃo pelo ar
proporciona, jà que nÃo utiliza internet ou meios cabeados para a sua
propagaÃÃo. Trata-se, portanto, de um meio de baixo custo e de contato
direto entre o gerador de conteÃdo e o ouvinte, sem intermediÃrios e sem
infraestrutura complexa. Eis o rÃdio, seja ele movido a pilhas, automotivo,
ou de mesa.

Diante do imenso potencial que a digitalizaÃÃo do rÃdio oferece para
difusores, sociedade e governos implementarem em uma nova geraÃÃo de
conteÃdos e serviÃos, esperamos que o Estado brasileiro, assim como na TV
Digital, invista em pesquisas e polÃticas que conduzam o rÃdio brasileiro
para o futuro, e nÃo para o passado e estagnaÃÃo.

Uma reflexÃo atual e interessada sobre o contexto da implementaÃÃo do rÃdio
digital no mundo e no Brasil, intitulada "O futuro das RÃdios no Brasil",
nos foi enviada apÃs a publicaÃÃo do texto acima por JoÃo Rosa Ottoni, da
EBC (Empresa Brasil de ComunicaÃÃo). O texto critica a migraÃÃo inoportuna
do AM para o FM e alerta para questÃes extremamente importantes de
infraestrutura

http://dxbrazilsw.blogspot.com.br/2015/10/migracao-am-para-fm-drm-digital-radio.html
e preparaÃÃo para o novo sistema de rÃdio digital.
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